Os portugueses aderiram, de forma generalizada, às compras online e muitos foram os desafios das empresas que tentaram acompanhar estas tendências.
Na 7ª edição do CTT e-Commerce Report, um estudo de mercado anual, partilhamos informação relativa ao e-commerce* em Portugal e recomendamos boas práticas para o ajudar a crescer, na expectativa de darmos continuidade ao nosso papel de suporte às pequenas e médias empresas e de ajuda à economia nacional.
Neste artigo, damos destaque ao estado do e-commerce em Portugal revelando algumas estatísticas sobre o perfil de consumidores e as suas compras online.
De acordo com o e-commerce report de 2022, é estimado que perto de 5 milhões de portugueses adultos tenham realizado compras online em 2021 e que o total do mercado e-commerce B2C em Portugal tenha atingido os 10 mil milhões de euros nesse mesmo ano, apresentando um crescimento de 36,2% face ao ano de 2020. Estes valores revelam uma aproximação de Portugal ao patamar dos países mais desenvolvidos da Europa no que diz respeito ao e-commerce.
Este crescimento tem sofrido uma desaceleração no último ano, em particular no segmento dos produtos transacionáveis, não só pela abertura sem limitações dos espaços comerciais físicos como também pelos efeitos adversos da guerra na Ucrânia na nossa economia.
Para conhecer o perfil de quem compra online, o fator mais preponderante é a idade. É possível observar, no universo de compradores em Portugal, uma forte incidência nos grupos etários entre os 18 e os 44 anos que representam potenciais oportunidades de crescimento para os negócios online. No entanto, a maioria dos novos aderentes encontra-se nas faixas etárias mais altas e é necessário saber, também, como captar o cliente mais sénior.
É importante referir que são as mulheres que mais compram representando 52% do total das compras online. Os compradores online continuam a ter um perfil socioeconómico superior à média nacional, concentrando-se nos grandes centros urbanos, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, assim como nas zonas norte e centro do país.
Em 2022, os consumidores gastaram cerca de 1065€ em compras online de produtos, correspondendo em média a 19,4 compras, num cabaz com 4,5 produtos, num valor de 55€ por compra. Estimamos que cerca de 73% dos consumidores terão feito, pelo menos, uma compra online por mês e 13% já estarão a comprar online todas as semanas. Estes valores demonstram que os hábitos de compra dos portugueses se alteraram, o que exige às marcas foco em garantir uma boa experiência de compra online ao consumidor.
Dados do e-commerce report de 2022 indicam que os consumidores portugueses continuam a ter um alto envolvimento com as redes sociais, dando principal destaque ao Facebook e ao Instagram (83% e 72,5% respetivamente). Utilizam diversos dispositivos para aceder à internet (3,6 em média), havendo um aumento da penetração do smartphone, face às restantes opções.
É notório que os dispositivos digitais assumem uma importância crescente, desde a fase de pesquisa até à compra. Desta forma, as grandes marcas do comércio tradicional português devem encarar a presença digital como a principal montra do seu negócio e utilizar os espaços físicos como uma via complementar a esse mercado.
A conveniência da compra continua a ser o motivo predominante para a preferência pelo canal online, nomeadamente a facilidade de compra (68,2%) e a possibilidade de comprar a qualquer hora (61,4%). Logo de seguida, a existência de promoções e os preços mais reduzidos nas plataformas online são fatores também muito valorizados.
Estas expectativas por parte dos consumidores levam a que as empresas tenham a necessidade de repensar as suas estratégias de venda online, desenvolvendo soluções convenientes para o comprador.
No último ano, destacam-se nas categorias mais compradas, o Vestuário e Calçado representando 73% dos consumidores tendo aumentado 4,9% face ao ano anterior. As categorias Equipamentos Eletrónicos e Informáticos, Livros e Filmes e Higiene e Cosmética seguem-se como as mais procuradas.
É de referir que estas mesmas categorias têm também uma forte expressão no mercado de compras em 2ª mão.
O canal de venda online está a consolidar-se, concluindo-se que o aumento do peso das vendas online estende-se a todas as dimensões do negócio (grandes e pequenos vendedores), sendo que de ano para ano são cada vez menos aqueles que indicam este peso como inferior a 25%.
De acordo com o e-commerce report de 2022, praticamente metade dos vendedores inquiridos (48,6%) perspetivavam um incremento das vendas online no ano de 2023 e uma grande maioria admite que permanecerá focada no mercado nacional.
É ainda expectável um aumento da base de vendedores B2C e B2B pois, às entidades já existentes no mercado, vão-se juntando cada vez mais novos negócios que desafiam o espaço até então ocupado e a oferta disponível.
Fique a par de todas as tendências de e-commerce para este ano e transforme a sua presença digital com as nossas recomendações.
Os últimos anos foram um enorme desafio para as marcas que viram a pandemia acelerar. O crescimento das compras online por parte dos portugueses fizeram repensar toda a sua estratégia online, como também adaptar-se às novas tendências de comportamento do consumidor.
A decisão já não passa pela aposta no canal de venda online, sendo fundamental assegurar que a sua presença se destaca e não é posta em causa por novos entrantes no mercado, com uma oferta disponível alargada e um processo de compra conveniente. O canal de venda online é cada vez mais considerado, como substituto e/ou complementar do canal físico.
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*E-commerce: Venda e compra de produtos ou serviços pela internet, incluindo transações de negócios entre empresas (B2B) e entre empresas e consumidores (B2C).